Diziam que era bela.
Belezas dessas que precisam de remendados adornos.
Toda quinta-feira tomava seu remédio.
E passava sorvendo-me os últimos pedaços de infância.
Época que as calçadas eram feitas de verdades eternas.
E os pecados ainda ficavam para os abraços dos cobertores.
Quantas vezes eu amei a novela e a ponte que trazia em seu corpo.
Um dia atravessei a ponte e os lápis perderam as cores.
Nascia o poeta que não queria nascer, o poeta meio, o poeta não.
Bem vindo piso frio, rosto seco que sossega todas as grades.
Bem vindo homem de bem, atalaia das horas sem pressa.
Pro inferno o intelectual. Necessito de uma ignorância
que me compreenda.
Que me dê o calor de novas cicatrizes.
Enquanto não descobrirem que estou aqui, calado á margem da linha.
E que o ponto final só existe na poesia para quem ler.
Olá....Rodrigo, passando para fazer uma visita e dizer que tem uma Indicação para vc lá meu Blog.
ResponderExcluirBeijos
Olá Rodrigo,
ResponderExcluirQue bela postagem, Parabéns!
Te ler me emocionou!
Bjs
Com certeza!
ResponderExcluirA poesia é para deliciar olhos alheios, para o nosso peito ela dói em forma de espinho.
Mas as palavras precisam desse preparo antes do mar, para que salgue apenas as ondas que brotam sem almejar.
Belo texto.
Um abraço Rodrigo.
Fernanda.
Pontos finais doem as letras!!!
ResponderExcluirBeijos
"Necessito de uma ignorância que me compreenda."
ResponderExcluirA ignorância dos sentimentos, que nos invadem sem nos conhecer...
Maravilha, poeta áspero!
Beijo de Luz!
Oi querido,
ResponderExcluir"quando descobrirem que estou aqui calado à margem da poesia" que lindo Rô...
e ela, a poesia, vai estar sempre lá te esperando... ela não pode viver sem você!
Bjo
Me fez chorar...hoje estou tão sensível que vc alimentou um pouco minha alma...
ResponderExcluirBjos
Ola,
ResponderExcluir... a poesia, graças aos céus ou infernos, não tem pt final... e os poetas nascem.
Bjão e boa semana
Rodrigo!
ResponderExcluirAinda bem que o poeta nasceu! Para isto, as flores morrem e as nuvens incendeiam.
Belíssimo!
Beijos, poeta!
Mirze
Rodrigo...
ResponderExcluirNossa, o seu poema tem a interpretação de quem lê, pois ele nos remete a várias coisas... Depende do que estamos vivendo no momento para entender...
Esse "ponto final só existe no poema para quem ler." - para mim não existe, mesmo que concretamente eu o veja. Nesse poema eu enxergo o que não está escrito, o que está abaixo do poema em verso invisíveis.
Todas essas metáforas que usou no poema, tão bem pensadas e escolhidas, podem significar tanta coisa: podem estar relacionadas a mudanças, alguém que perdeu a inocência para agora ter novas experiências; a experiência de um novo jeito de colocar no papel os sentimentos; a aceitação que mudar doi, mas mesmo assim sempre existe a busca de novas cicatrizes; a experiência de um novo amor, mesmo que sejam aliterações, pois o amor nunca se repete, embora ele seja a porta de entrada de cada palavra seguida da outra, cada fonema ganha um som diferente, pois não somos os mesmos sempre, mudamos a cada dia, com tudo o que vivemos...
Ainda assim, o seu poema me transporta para um mundo desconhecido, não consegui entender alguns pensamentos, pois parece algo tão íntimo, tão seu, que não temos o direito de saber... e como sempre aprendi: os poemas devem ser lidos com o coração, não com a razão, não devem ser explicados, devem ser sentidos.
"Eu me calo diante dos meus versos, eles falam por mim e me confortam..."
Bjs
Chris Amag
Rodrigo,
ResponderExcluirSó sei que teus poemas me batem ao coração.
"Um dia atravessei a ponte e os lápis perderam as cores.
Nascia o poeta"
Mesmo sem o querer.
Ah. E o uso perfeito da palavra "atalaia". Adoro esses usos perfeitos de palavras. O teu me chamou à atenção
Beijo
Carla
Lindo, doido, abusado, como a poesia tem que ser.
ResponderExcluirAdorei conhecer seu espaço.
BeijooO*
Eu ainda acho quetoda poesia termina sempre em reticencias, principalemtne praquem ler.
ResponderExcluirrsrsrs
Bjocas
Erikah
Bom lugar aqui também. Seus poemas lembram Drummond. Talvez seja isso.
ResponderExcluirAbs.
"Pro inferno o intelectual! Necessito de uma ignorância
ResponderExcluirque me compreenda."
exubertante!!!! Se a platéia se calar, me colocarei de pé, em altos apláusos para ti!
"É pena não ser burro, não sofria tanto!"
abraços
Lindo!!!
ResponderExcluirTudo o que se tem cuidado, vive eternamente!!!
Beijos
Parabéns pelo lindo poema, pois é um poema intenso, profundo e tocante. Beijinhos e uma ótima semana.
ResponderExcluirA beleza de uma flor não deveria morrer nunca.
ResponderExcluirbjs
Insana
Oi...tem um desafio pra voce lá no meu blog. Bju e otima semana!!!!
ResponderExcluirexatamente, o ponto final so existe pra quem lê. para quem 'tece' um poema sempre fica mais a ser dito, ou nas entrelinhas.
ResponderExcluirGrata pela visita e as palavras gentis.
ResponderExcluirBelo blog! Estarei sempre por aqui.
Bjo, Soninha
Olá, amando o que ando lendo por aqui...beijus gigantes
ResponderExcluirolá Rodrigo,primeiro agradecer a visita e o comentário...caramba fiquei muito tocada com o que acabo de ler...aff to tão sensivel hoje..hehe...bjão!
ResponderExcluirOlá Rodrigo, boa tarde!
ResponderExcluirAntes de mais nada, quero te agradecer pela visita no meu canto.
E gostei demais de tudo isso aqui.
Tenho que voltar com calma pra ler, ler e ler.
E não simplesmente passar os olhos no texto.
(:
Bj
Puxa, que lindo! E adorei a imagem DA ABERTURA DO BLOG.ABRAÇOS,CHICA
ResponderExcluirUma ignorância que me compreenda...
ResponderExcluirQue versos!
Fortes como a realidade.
Suaves como o sonho.
Vim retribuir sua visita e adorei conhecer seu blog. Certeza que vou me acabar de tanto ler por aqui... ;)
Beijo grande
forte. Substancioso como sopa grossa quente que se toma com cuidados redobrados: pela fome, pelo sabor forte percebido e sentido nas primeiras colheradas, que nos levarão, fatalmente, a queimar a língua e a boca.
ResponderExcluirSua poesia é um prato para se comer, consciente dos ingredientes; e eles são..., consistentes!
Bonita. Cala em profundidade.
Abrçs.
Necessito de uma ignorância
ResponderExcluirque me compreenda.
Compreender é libertar.
Um tipo de ignorância sábia essa, de ego despido.
Adoro as palavras. Elas são capazes de fazer a gente viajar a um mundo, às vezes sem volta.
ResponderExcluirLindo poema!
Queria essa ignorância também!
Beijos!
Como sempre: belas palavras...
ResponderExcluirbeeeijoos
as flores morrem porque um dia o que as nutre (adubo,sol,água da chuva,etc) não lhes é suficiente. Um dia elas morrem...
ResponderExcluirMas, acho que no seu poema, significa que: toda a beleza que um dia era visto nas coisas mais banais foi perdida.
é o que eu acho...
Obrigada pela visita!
ResponderExcluirAdorei cada palavra contida aqui, você tem uma sensibilidade que aflora, sua alma cheira a talco!
desafio pra vc no meu blog!
Beijos
www.luanavalente.blogspot.com
está lindo, adorei !
ResponderExcluir"E que o ponto final só existe na poesia para quem ler."
ResponderExcluirÓtimas palavras.
E obrigado pela visita e pelo comentário.
Volte sempre.
Rodrigo,
ResponderExcluirverdadeiros somos quando deixamos que brotem espontâneas as palavras: sem pretensões, amarras.
Desta forma, selvagem.
Um abraço,
marlene edir severino
Olá, Rodrigo.
ResponderExcluirQue texto-poético belíssimo esse! Lindas metáforas! Vc me fez viajar nessas imagens...
Adorei isso: "Época que as calçadas eram feitas de verdades eternas.
E os pecados ainda ficavam para os abraços dos cobertores."
Perfeito!
Beijos :)
Eu estava online quando você comentou no meu blog...
ResponderExcluirSabia que você lembra o cantor Sérgio Saas?
Nossaaa!
ResponderExcluirQUANDO EU [A POETISA] CRESCER,
QUERO SER IGUAL A VOCÊ [POETA]!!!!!
Na boa, ficou muito perfeito.
Nem tenho adjetivos, nem pronomes [nem retos nem tortos]
pra descrever o que sinto quando leio e releio
esse poema.
Poh, maravilhoso!
ps.: Obrigada pela passadinha no Putz, e agora?.
Suas palavras me deixaram comovido. Primeiro por que, perdoe-me a franqueza, mas eu não conhecia nenhum protestante com tamanha sensibilidade com as palavras. Segundo por que, além da sensibilidade de cada palacra dita por vc eu vejo algo maior: TALENTO! Vc é muito bom nisso.
ResponderExcluirPARABÉNS PELO BLOG VIU?!
Q Deus te ilumine sempre...estarei sempre por aqui!
bjoxxxxxxxxxxx
Mt bom aqui. vou te seguir
ResponderExcluirMuito bom!!
ResponderExcluirValeu pelo comentário! Espero q volte sempre!
O seu blog é show! E seus poemas... tbm! :D
Mais um poema extraordinário!
ResponderExcluirVC É MAGNÍFICO!!!!
BEIJOS!!!
O poema é uma espiral eterna sem começo nem fim...
adorei o seu post, bem como todo o blog, parabéns, estou seguindo
ResponderExcluirabs
Oi!
ResponderExcluirTe adicionei!
[não pensei que conhecesse o cantor...mas, se fosse procurar na internet iria ver és um pouco parecidoo com ele =]
http://emyhouse.blogspot.com/2010/12/o-caso-da-cidade-das-almas-2-parte.html
São palavras leves que cocheiam o coração!
ResponderExcluirObrigada por passar em meu canto estou lhe seguindo, perdoa-me a demora!
Abraços.
Dê uma passada neste cantinho:
http://casadadonasanta.blogspot.com/
É de uma querida que esta começando agora, vale muito a pena, seu primeiro texto é espontaneo e belo!
Bela dissertação amigo...
ResponderExcluiro final só termina para o leitor mesmo...
porque para o artista,
o seu intelecto se fervilha de ideias.
Abraços,
Dan
tem dor, mas é bonito...
ResponderExcluirAcabem-se os pontos finais...
ResponderExcluirLindo poema Rodrigo!
ResponderExcluirO ponto final está nos olhos de quem olha.
Nunca é tarde para amar, recomeçar..escrever...apagar e re-escrever...enfim, a vida é uma sequência de afazeres, que nunca termina se não quisermos que termine!
Sobre o título "Uns dos porquês que as flores não morrem"..penso, que ela só morrerá se deixarmos morre-la....
Vai chegar o dia que será inevitavel fazer algo por esta flor...mas o que importa, é que tentamos até onde poderíamos ter tentado. Este é o segredo da vida: TENTAR sempre!
Beijos.
Olá
ResponderExcluireu vi teu comentário nesse blog:
http://crismeloc.blogspot.com/2010/12/sinto-de-longe.html#comments
Na verdade aquela textinho faz parte da minha melancolia. te seguindo!
http://eubuscopaznadamais.blogspot.com/
porque é que as flores morrem?...
ResponderExcluirMeu Deus! porque é que as flores mais belas têm que morrer?
E fica tanto por dizer...
Ficam palavras perdidas...
Silêncios interrompidos por pensamentos de dor...
Quem dera a ignorância...
um anjo
♥ Olá, amigo!♫
ResponderExcluir♫♥ Passei para rever seu espaço e para mais uma bela leitura... admiro sua criatividade.
♫♫ Beijinhos. ♥♫
♫♥ Brasil
♫♫♫♥
♥♫ Querido amigo,
ResponderExcluir"Que o Natal não seja apenas uma data... mas um estado de espírito a orientar nossa vida... e que o amor se renove a cada ano da nossa convivência."
♫♫♫ Feliz Natal!!!
♥
…………(¯`O´¯)
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… * , • Feliz' • , * '
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Bj♥s
Minas ♥♫♫
Espero que seu Natal tenha sido maravilhoso!
ResponderExcluirFELIZ 2011!!! De lindas e extraordinárias poesias!
Sua poesia não lembra a de ninguém. Você é RODRIGO PASSOS. Sua poesia lembra Rodrigo Passos, um dos melhores poetas da atualidade!
Um dia ainda escreverei isso em uma coluna de algum jornal ou revista especializada.
BEIJOS!!!
Sua poesia é grande!
E o onto final só exista para o leitor #FATO.
ResponderExcluirLindíssimo! Desses poemas que ficam em nós. Mudamos a página, mas aquele sentimento despertado, permanece.
ResponderExcluirQue 2011 lhe traga as melhores realizações, desperte os melhores sentimentos.
Saúde e paz
bjs
Oá, Rodrigo.
ResponderExcluirVim lhe desejar um 2011 maravilhoso, cheio de paz e alegria, saúde e grandes realizações!
Grande abraço! :)
Feliz 2011!!
ResponderExcluirBjos.
"Necessito de uma ignorância que me compreenda"... Eu também necessito. Se encontrar antes de mim, diga-me onde encontrar. Parábéns pelo texto!
ResponderExcluirfantástico isso, cara. muito bom!
ResponderExcluir"Que me dê o calor de novas cicatrizes."
"o ponto final só existe para quem lê"...publiquei uma imagem com essa frase no meu blog p ti
ResponderExcluirinsano
ResponderExcluiraahahaha
Gostei de vir aqui e ler-te,saio feliz!
ResponderExcluirDesejo que seus dias,sejam iluminados pela essência Divina,com Boas Energias Sempre!
Abraços
Mari
Não aguentei, precisava dizer que este poema mexeu comigo...eu fui até o ponto final, e amei!
ResponderExcluirbeijo
Carmo
De repente.... Vc sumiu!
ResponderExcluirSaudades da tua poesia...
Ah meu querido, as tuas palavras doces me fazem um bem danaaadooo!!
ResponderExcluirBeijos=**
Eu vim retribuir tua visita que fizeste ao me blog um tempo desses.E deparei-me com tua poesia despojada, meio vândala, mas sincera.
ResponderExcluirQuando dizes que um dia atravessastes a ponte e os lápis perderam as cores, eu acho que é assim mesmo, aquilo que apenas tem aparência ou mesmo o que fantasiamos geralmente nos decepciona, perde a beleza, perde o encanto.
"Nascia o poeta que não queria nascer, o poeta meio, o poeta não." Acho que na verdade o poeta não nasce, ele aflora... Aflora??? Sim aflora! O poeta coloca pra fora sua sensibilidade, sua maneira de ver as coisas, suas aspirações, seus medos, seus desejos, enfim, seus pedaços juntados aqui e ali.
Abraços
Tão bela escrita...Adorei...Não pare nunca.
ResponderExcluirSimplesmente perfeito!!
ResponderExcluirAdoro ler a forma como vc se supera e escreve versos ainda mais consolidados ;)