sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dois

Como irei gritar se tudo é tão breve.
Minha morena que nunca foi minha.
Eu nunca fui meu, quando serei morena.
Cubra-me com sua noite de mãos e tez.
Minha poesia é a minha maior mentira.
Talvez eu morra neste cais.
Não me entenda!
Talvez careça de um não amor.
De um não diálogo.
De um ato não veloz, de dois anzóis se querendo no fundo.
Com gostos vagabundos e pudores preguiçosos.
Com monossílabas que se abraçam em um único álbum.
Me de a singularidade dos seus laços.
Sua maiúscula fórmula de ver o viçoso teor de minha glória.
Não queria me descrever morena. Sou fraco demais pra só viver...
Não me entenda!

19 comentários:

  1. Para poesia: poesia!
    E como não sou poeta, peço a benção!

    "Janela Para o Mundo

    De janela, o mundo até parece o meu quintal
    Viajar, no fundo, é ver que é igual
    O drama que mora em cada um de nós
    Descobrir no longe o que já estava em nossas mãos
    Minha vida brasileira é uma vida universal
    É o mesmo sonho, é o mesmo amor
    Traduzido para tudo o que o humano for
    Olhar o mundo é conhecer
    Tudo o que eu já teria de saber
    (...)" - Milton Nascimento

    http://pintandoparaty.blogspot.com/2010_03_01_archive.html

    ResponderExcluir
  2. mas escreveu... e foi a melhor coisa que fizestes.


    bjs meus

    ResponderExcluir
  3. É, isso é verdade.
    A leitura é algo eterno

    Beijo!
    Estou te seguindo!

    ResponderExcluir
  4. "O poeta é uma mentira que sempre diz a verdade."

    Jean Cocteau

    Adorável lugar!
    Beijo, meu.

    ResponderExcluir
  5. O amor é tão longo e avida tão curta.
    Lindo texto! *-*

    ResponderExcluir
  6. "...Minha poesia é a minha maior mentira.
    Talvez eu morra neste cais.
    Não me entenda!
    Talvez careça de um não amor..."

    Muito lindo...desconstrutor.
    Parabéns! Muito bom mesmo...

    ResponderExcluir
  7. Lindissimo poema!!
    Fico feliz que tenha
    gostado do Meu Mundo Particular
    volte sempre que quiser . BjoOoO e
    obrigada!!

    ResponderExcluir
  8. A breviedade das coisas... o que teremos? Vai ver é esse o motivo que nos leva a escrever e a ler. Nunca haverá resposta mais exata que tuas peguntas.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  9. O dom do poeta é enxergar além do abismo,mesmo sendo o próprio abismo onde a humanidade inteira se joga para o deleite da poesia...

    Bravo, Poeta!

    Visceral e absoluto!

    Te beijo muito!

    ResponderExcluir
  10. Parabéns poeta...
    Você escreve muito bem. Consegue transmitir os teus sentimentos de forma correta.
    Gostei muito dos seus poemas...
    O poema dois é lindíssimo!!!
    Já sou o seu mais novo seguidor....
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  11. Para ti
    Eu sou morena, mas peco
    E escrevo sempre
    penso sem parar
    não tem amparo, nem te largo
    e nas horas mais profundas
    também sinto a morte,
    pura e simples
    por um verso de amor
    e me admito ser morena
    pecadora como a pena
    e no meu instinto
    eu me permito
    não me perdoe
    mas me entenda...

    ResponderExcluir
  12. Lindo o poema, a gente não é de ninguém assim como ninguém é da gente, mas sempre amaremos e seremos amados, pq a vida só terá sentido, se soubermos compartilhar os nossos momentos.
    adorei passar aqui e concordo contigo, que Livro é tudo.
    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  13. Lindos versos, Rodrigo!

    Adorei seu blog! Vou seguir!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  14. Linds versos.

    Obrigado pela sua companhia em Pelos Caminhos da Vida.

    Um bom dia pra vc.

    beijooo.

    ResponderExcluir
  15. Que texto bonito, intenso!
    Complexo..
    Gostei de verdade!
    Bjs

    ResponderExcluir
  16. Rodrigo, gosto da poesia que mora em ti. Identifico-me com ela. Apreciei muito tudo que li desde lá de cima até aqui. E, veja bem, Rodrigo, somos feitos de tantos eus... Como agradar a todos?

    Um beijo. E muito obrigada pela visita e comentário. Inté, poeta!

    ResponderExcluir