Quem é o outro que me rouba pela manhã.
Que não me olha nos olhos.
Que mastiga com meus dentes.
Que beija, mas não com meus lábios.
Que ama, mais não com meu amor.
Ele está sentado, mais ele nunca esteve sentado.
Ele está com minhas mãos. Elas tremem.
Que mão era a minha mesmo?
Que vontade era a minha mesmo?
Que razão era a minha mesmo?
Ele tem coisas, muitas coisas, ele está só, só comigo.
E todos estão em algum lugar que ele não sabe.
Talvez perto dele, talvez falando com ele.
Talvez sorrindo pra ele, talvez gritando.
Talvez ele não saiba, talvez ele nunca saiba.
Ele está com pressa, tem uma idéia nova.
Tem um medo novo, um desespero novo,
Um medicamento novo e novos vícios estéticos.
Ele está em tudo, na roupa, no retrato.
No motor, no perfume, na sedução corriqueira.
Vejo-o alto com seus clichês de feitor e escravo.
Ele está em minha casa, ele está com meu rosto.
Com meu estomago, com seu pescoço de frívolas medalhas.
Ele está chorando agora, ele está deitado agora.
Ele está tentando agora reler suas próprias linhas.
Ei!
ResponderExcluirLindo texto.
Tem a ideia de uma letra d emusico.
"
Quem é o outro que me rouba pela manhã.
Que não me olha nos olhos.
Que mastiga com meus dentes"
Adorei..
Falou e critica? Sou poeta,
me alimento d poesia,amo todas, flerto
com ela como tem começa um caso de amor.
Bjisn entre sonhos e delírios
Estou seguindo.
ResponderExcluirDesconfio pelo último verso que este "ele" seja o ego, mas não estou certa disso. Esses pronomes que se repetem criam um certo conflito que a gente sente lendo os versos. Gostei do seu estilo.
ResponderExcluirJanelas se abrem, "eus" escorrem. Obrigada pela visita ao meu blog, volte mais vezes, li alguns poemas teus e gostei, os meus estão em http://www.entrelilases.blogspot.com.
ResponderExcluirabraço!
creio melhor seguir em frente... isso acontece comigo: tentar reler me prende ao que é irrevogável, ao que não posso rever ou consertar, ao que já passou!
ResponderExcluirseja sempre bem vindo ao degusta!
arrumou uma fã. vou te divulgar!
ah, amo a tua cidade.
bjs meus
Nossa, Rodrigo!
ResponderExcluirQue poema mais lindo!!!
Várias vezes tudo isso confunde, sei lá...
Viver é bem assim,algumas coisas ficam um pouco toscas pra entender.Mas o SOL sempre nasce no amanhã.
Beijo e obrigada pela a visita, amei tuas palavras.Aqui me senti em casa.
Fernanda.
Rodrigo,
ResponderExcluirTem selinho para ti no meu blog.
Beijo
Rodrigo,
ResponderExcluirPassei pra retribuir a visita e, simplesmente, me tornei leitora. Td mt cheio de alma e talento. Vou te seguir.
Reler-se até um possível entendimento pode ser um tanto frustante.Voltar, mesmo que por instantes, não nos da respostas, pq já não somos os msms. A cada dia existe um novo eu.
Bjinhos e volte sempre
Belo blog. Belo uso da palavra. Aqui vamos começar a Semana da Literatura. Durante, varios eventos, culminando com visitas às escolas do ensino médio,para falar sobre ela.
ResponderExcluirMembros da academia araçatubense de letras e do grupo experimental dessa academia, ao qual pertenço. Vamos tentar incutir nos alunos o que vc já possui: amor pela literatura.
Mano..(vote...) , bela cidade a sua. Parabéns por tudo.
Que seja bem vindo o novo. Como diz Chico Xavier, o que colocamos no nosso livro da vida é por nossa conta!
ResponderExcluirMenina Fê tem razão: tua realidade é sensível e verdadeira.
Gostei daqui.
Bjs meus
Oi Rodrigo!
ResponderExcluirMuito obrigada pela tua visita ao blog e pelo teu comentário!
Tu escreves bem!
Parabéns!
Abraços
Boa semana :)
Fique com DEUS :)
Lindo poema como sempre!
ResponderExcluirPena que nunca vai me visitar nos meus blogs. Parece que sente nojo do que escrevo.
BEIJOS!
Esse homenzinho que toma conta da tua vida é o que te move de encontro a tua própria essência... Teu ego manda bastante em você, mas você sempre está de olho nele.
ResponderExcluirObrigada pela visita e pela solidariedade em deixar que minhas lágrimas também pousem em teus olhos. Beijos.
Me lembra uma poesia de Cecilia Meireles:
ResponderExcluir"Em que espelho ficou perdida a minha face?"
As primeiras palavras do seu recado me remeteram uma música "Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão".. para os que pensam que a poesia morreu, só prisão!!
ResponderExcluirEstou muito contente com seu elogio.. aparecerei mais vezes para ler você!!
sorrisos de ponta a ponta
Pefeita tua liberdade em se expressar. Já gostei.
ResponderExcluirIt sounds like a song.
Rodrigo, que "Achado" esse seu blog.
ResponderExcluirQue maravilha poder receber um carinho, vir retribuir, e ficar engasgada com as coisas que estou lendo agora.
Sim, existe vida inteligente na blogosfera.
Esse seu texto é perfeito.
Como se fosse a sua "Segunda" pele falando...
Lindo, lindo.
Vou ler tudoooooooooo com calma.
Meu abraço!
O que eu não disse abaixo, já me arrepiou...
...vestí-me do meu EU mais
ResponderExcluirsensível para reverenciar
este teu EU que despeja
poeticamente, palavras de
encantar.
és um lindo!
bjbj e obrigada pelo carinho.
Você, com esse texto, me fez lembrar de uma pessoa, do passado, que não existe mais: eu mesma. A "outra", eu sumi com ela.
ResponderExcluirTocou-me profundamente o teu texto.
Suzana
Que bom poder escrever nessa vida, podemos nos livrar, podemos sonhar, podemos inventar ou explicar... até amar!
ResponderExcluirMininu! você escreve demais, sio!
ResponderExcluirQuer saber, o seu blog é riquíssiomo em conteúdo. Segui-lo-ei doravante. Meus cumprimentos.