quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Depois

As paginas estão lá fora.
Fui ver lá no quintal
o que dividi com todos.
A paisagem da minha rua.
A prostituta que me olhava da janela.
Em que juiz deixarei meu sangue.
Não quero reanimar repetidas rimas.
Quero a nostalgia do primeiro vocabulário.
A frase singela que vinha da cachoeira.
A inocência que trazia o segredo dos pássaros.
Era tão bonito quando não se contava os passos.
Quando não se contava o mundo, quando só se rabiscava.

Um comentário:

  1. Era tão bonito quando não se contava os passos.
    Quando não se contava o mundo, quando só se rabiscava.

    Que suave Rodrigo...
    É bonito também, quando encontramos com nosso eu, com nossa menino(a), com nossos sonhos, com nossa inocência ainda intocável, quando tudo era mais bonito, quando tudo era possível.

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