quarta-feira, 10 de março de 2010

Escolhas

Voltarei
pra casa mais cedo.
Confessarei mais um segredo ao espelho.
Farei uma oração repetitiva.
Acreditando que tudo será saciado.
Colocarei a roupa no cabide.
Estarei só, desnudo e infiel.
Voltarei para minhas linhas.
Buscarei meu equilibrio.
Meu catalago de memorias persuasivas.
É difícil sangrar e ainda sonhar.
Sem roupa vaguearei pelo que ainda há de puro
em meu coração.
Tudo que dei ao mundo nesta noite
fez lembrar do que era.
Gotas sem nome agora me escapam.
Ainda sou eu.

2 comentários:

  1. Lindo poema!!!!! Vc está cada vez mais se mostrando pensativo em relação às suas convicções que antes eram tão cristalizadas...Isso já é um bom sinal. Onde há dúvida, a sabedoria está mais próxima. Não nascemos cordeiros adestrados e, sim, seres destinados ao amor e ao prazer de existir; verdadeiramente se sentir VIVO....

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